""A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação aqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade (o mais radical, num nível tão profundo que escapa ao nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais --- É aí que se produz o maior desvio do homem, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras."" -- Milan Kundera
quarta-feira, 18 de junho de 2008
MINHAS PALAVRAS
A FAVOR
ALVORECER
UM NOVO DIA
domingo, 15 de junho de 2008
IMENSIDÃO
sábado, 14 de junho de 2008
O SONHO NO CORAÇÃO
porque a noite não é
a minha palavra.
Eu me repito em cada regresso
e sou como a água que
tira a angústia das rosas.
Os pomares da alma são
meu ninho eterno --- e a eles retorno
no inverno da vida e muitas vezes,
na agonia desencontrada
de minha primavera transfigurada
e desguarnecida.
Biblicamente, olharei os céus,
não em busca de Deus,
mas em busca do sonho...
que roça as mãos e quer chegar ao coração,
qual lírio do campo,
nobre, fiel... luz... na noite escura
pequeno anjo e pirilampo!
(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)
sábado, 7 de junho de 2008
A LUZ DA AURORA
Minha casa interior
tem pés firmes.
E eles são como relâmpagos
na lembrança dos olhos
que guardaram os céus.
Minha alma é como o vinho
arrancado à vindima
numa manhã de outono
quando as chuvas cessaram
e uma aurora prenuncia
a volta dos perfumes.
Meu Deus interior honra-me
esculpindo em mim
um portal de esperança.
Sei que o pouso do coração
poderá ferir-me...
se não conseguir distinguir
as asas reais dentro do próprio sonho.
Mas a luz da aurora,
inexoravelmente se faz.
E mesmo que o vento ouse tremer
as folhas, dessa luz receberão vida
e somente o amor será a água
que nutrirá a raiz
para que honre o rosto
que a habita.
(Direitos autorais reservados)
quarta-feira, 21 de maio de 2008
ENCANTAMENTOS
A QUEM INTERESSAR POSSA?
Talvez tenhamos nome de perfume
quando o vento nos devenda
os segredos.
Ou, quem sabe, somos sonhos de nuvens
quando chovemos tão cedo.
Lá, no horizonte, do outro lados dos planos,
alguém nos mantém vivos
só por crer que nos amamos.
Somos paciente beleza
que não se reconhece na tristeza
quando a vida prega peças.
Mas sobrevoando nossas águas,
nesse universo de nossas mágoas
a quem nosso vôo do coração
interessa?
segunda-feira, 19 de maio de 2008
REFLEXÕES INDÔMITAS
ADEUS
Por que me acenas?
Não és mais que vertigem
na noite escura.
Não fui à tua procura,
não fui lenço acenando,
violino cantando,
dobre de sino.
Nada me ensinaste,
nada te ensino.
Já desfolhei o sorriso
na noite que em fui sobrenatural.
Agora, perdí o rumo do teu paraíso.
Sou tempo fechado,
sou ponto final.
NOTA DE RODAPÉ MUSICAL
as respostas aos meus pontos
de exclamação.
A vida não tem pressa, não se admira.
Vive-se.
Humana, por deveras, sou, entre os espaços
em branco, as interrogações,
os astericos -- estrelas d'água
que sobre plumagens encantadas
levam para longe de mim
as reticências, os travessões.
Sou palavra diminuta ou aumentada
conforme as falas me vêm
como punhais
ou como canções...