quarta-feira, 21 de maio de 2008

ENCANTAMENTOS


Não sei de onde vêm as vozes.

Talvez dos labirintos da alma.

Pedem claridade...

a candeia acesa.

Verdade.


Não sei de onde vem o perfume.

Talvez de uma lágrima de nuvem

que resolveu desdobrar-se à vontade.

Cada mensagem, que chega

de dentro da alma, carrega

a perspectiva da entrega

do amor, no bem e no mal.

Vem, talvez,

da pena fincada neste peito

que exige das mãos o direito

de semear rosas e espinhos,

mas também luares e sol.


Não sei de onde vêm

essas formas que farfalham

pelas minhas veredas desatentas.

Talvez eu só as reconheça,

verdadeiramente, um dia,

quando minha própria dor me disser

- Escreve-me! Me alenta!




(Direitos autorais reservados)

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