quarta-feira, 4 de maio de 2011

À LUZ DE MINHA MÃE


(à minha mãe Hilda, in memoriam)

De ti,
não há respostas.
E as que chegaram,
leves, quebram-se sobre meus jardins,
quando o olhar diz à terra
em seu silêncio fecundo
o que tenho (ainda aqui) para cumprir.

Não é hora de perscrutar as sombras.
Com o amanhã retornará o límpido
e o sobrenatural em que sempre acreditei.
E na grande constelação das passagens,
perder-se-ão meus devaneios
como gotas de orvalho sob as auroras.

Preservo dentro do peito
estes laços, estes guias
que me reconhecerão na jornada.
Meu primeiro olhar para ti,
que não fixou o brilho dos teus olhos,
mas o vôo silencioso do teu amor
sobre os vales por onde caminhariam
meus pés.
E me conduziu
ao reino da confiança
em teu céu e tua terra
Sob o mais divino dos sóis:
- teu coração.



(Direitos autorais reservados).

2 comentários:

Patrícia Pinna disse...

Bom dia, Lúcia. Enfim consegui postar um comentário falando sobre a sua arte que é maravilhosa e simples ao mesmo tempo, e com certeza irá ajudar a acalentar almas tão sofridas. Q ue Deus abençõe o seu dom diariamente, para que a sua mente criativa crie belos poemas. Eu me identifiquei demais com "A LUZ DAE MINHA MÃE' , POIS DENOTOU UMA LEVEZA NOS VERSOS MUITO GRANDE E UMA SAUDADE BEM BONITA, TAL QUAL EU SINTO PELA MINHA MÃE

Patrícia Pinna disse...

Lúcia, que Deus abençõe o seu dom, sempre!!!!!!!!!!!! Uma excelente semana para vc . Fico feliz que através do Caio, eu tenha conhecido um trabalho engrandecedor. Bjs.