terça-feira, 24 de maio de 2011

UM PRESENTE DE LUZ


Agradeço ao excelente escritor, poeta e cronista, Dr. Celso Panza, pela homenagem recebida. Isso nos motiva a continuar nossa jornada na palavra, por vezes árdua, mas quando raios de sol assim invadem nossa vida, só nos resta, humildemente, agradecer e pedir ao Criador que continue nos iluminando para prosseguir na jornada. Este foi realmente um presente de luz, que desejo compartilhar com todos aqueles que passam pelo caminho por onde voam meus versos.


POESIA...DENSIDADE

(por Celso Panza)

Muitos nada tem a dizer...e dizem, e pouquíssimos em pouco dizem muito.

Os que dizem muito, em pouco, chegam quase ao absoluto, inacessível à matéria, mas próximo do espírito. É assim, que de alguma forma me penitencio de tanto nada ver e apregoar, na internet, onde se perde por vezes o tudo, escondido nas mazelas da virtualidade. Isto é a internet, um vulcão que desce vorazmente a encosta, mas não mata e deixa sobreviver a flor no alto dos montes.

Essa enciclopédica condição de dizer tudo em poucas palavras tem um nome; densidade.

É assim o perfil de ilustríssima internauta, a poeta que realmente pode ostentar esse título, como vocacional que é. Falo de Lúcia Constantino que tive o prazer de descobrir, e não foi em uma livraria, mas no “Recanto das Letras”.

Em seu magnífico poema “ AO SENHOR DOS MUNDOS”, formatado como livro, revela o mais puro aliado ao mais belo, destarte:

“A Ti confio as asas de minhas palavras,
O som de meus silêncios,
O curso de minhas lágrimas, e todos os rostos de meus pensamentos”.

Asas da palavra conectadas no voo do interior, ouvindo os sons de seus
silêncios, nossa plenitude, testemunhada pelo curso das lágrimas chegadas pela purificação da dor, imersas no “Vale de Lágrimas” presenciadas pelos rostos que viveram a jornada enriquecida pelos seus pensamentos.

Acreditada no “Senhor dos Mundos”, entrega sua confiança.

Está em festa a internet, ao menos no meu credo pessoal.
Celso Panza
Publicado no Recanto das Letras em 18/04/2011
Código do texto: T2916767

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2916767

domingo, 22 de maio de 2011

ROSAS BRANCAS


Rosas brancas do santuário,
são como cristais em manhã de inverno.
Refletem o encanto dos campanários,
e têm um rosto de sonho eterno.

Dou-te um bouquê de brancas rosas
para que te adornem por toda a vida.
No teu puro linho, em verso e prosa,
borde-as sempre, pela alma florescidas.

Que pelos mares da vida, em sábio norte
naveguem teus poemas a mágicos horizontes
encantando ondinas, estrelas...imensidão.

São rosas brancas que o universo doa
esses teus versos em cujas asas voam
os mais belos sonhos do coração.


(Direitos autorais reservados).

domingo, 15 de maio de 2011

FONTE DE PAZ


Além destas paredes,
da cintilação destas vitrines de felicidade,
a única coisa que ceva os olhos e o coração
é a pesada leveza do Ser.

Do que dependo e do que de mim depende
mais que as palavras manufaturadas
que emito em debandada
para purgar minha pusilanimidade.

É o arroubo do amor, o que me move.
São as penas do que se asila em meus braços
que me devolvem ao vôo da vida.

É o indulgente sinal de Deus
para com as águas de minha alma
que me mostra
que minha verdadeira fonte de paz
é somente irmã do arco-íris.



(Direitos autorais reservados).

quarta-feira, 4 de maio de 2011

À LUZ DE MINHA MÃE


(à minha mãe Hilda, in memoriam)

De ti,
não há respostas.
E as que chegaram,
leves, quebram-se sobre meus jardins,
quando o olhar diz à terra
em seu silêncio fecundo
o que tenho (ainda aqui) para cumprir.

Não é hora de perscrutar as sombras.
Com o amanhã retornará o límpido
e o sobrenatural em que sempre acreditei.
E na grande constelação das passagens,
perder-se-ão meus devaneios
como gotas de orvalho sob as auroras.

Preservo dentro do peito
estes laços, estes guias
que me reconhecerão na jornada.
Meu primeiro olhar para ti,
que não fixou o brilho dos teus olhos,
mas o vôo silencioso do teu amor
sobre os vales por onde caminhariam
meus pés.
E me conduziu
ao reino da confiança
em teu céu e tua terra
Sob o mais divino dos sóis:
- teu coração.



(Direitos autorais reservados).