Menino dos cabelos de nuvem,
dos olhos desvelados ao mundo
em amor, dor, de sonhos a arder
nas tuas veias que cantam
a paisagem da vida
que a gente insiste em não ver.
Menino-cordeiro, que águas
te levam para além do arco-íris,
que anjos te velam?
Se no sono do mundo
só há roncos profundos
que a beleza enterram?
Menino, as fadas
tornaram douradas
as tuas mãos, os teus pés,
para que aonde quer que vás,
só deixes rastros de paz
de confiança, de fé.
Acredites que teu solo
é mais belo que Apolo
porque é o teu caminho.
Que nunca nada te fira
na tua sagrada lira
onde poentes e auroras
são vizinhos.
(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)
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