Digno Pastor destes rebanhos,
que é feito de Vossa Voz sobre os campos
outrora supreendidos pelas mãos dos homens?
Que é feito da Tua autoridade solar sobre as flores,
sobre as sementes, a despeito do orgulho silencioso
dos corações?
O Teu serviço direciona o curso dos rios
e fomenta os jardins ao sol.
O Teu serviço é a história do salto da vida
sobre o abismo das impossibilidades.
Que amargor, Digno Pastor dos Rebanhos
diante das profundas águas dos olhos
de homens e animais
quando a esperança se rasga
como a Palavra que proferiste há 2000 anos
e é ateada a lama do amor morto.
Caixeira-viajante do espírito,
balbucio Teu velho nome
do fundo desta colina
e quero ir ter Contigo,
onde assentaria minha alma a Teus pés
e me ensinarias a alegria,
(que nunca pude compreender).
(Direitos autorais reservados).
Foto: pesquisada no Google.
""A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação aqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade (o mais radical, num nível tão profundo que escapa ao nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais --- É aí que se produz o maior desvio do homem, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras."" -- Milan Kundera
segunda-feira, 4 de junho de 2012
sábado, 21 de abril de 2012
DIMENSÃO DA NOITE
Teu olhar mudo.
Uma sombra toma-me pelo pulso.
Réstias de luz são meus vultos,
meu país é o crepúsculo.
Derrubo os muros,
mendiga de sol e ventos
que tragam lá do futuro
fontes pro pensamento...
Cai a noite, noite inqueita...
suspeita de mil anjos adormecidos
Nenhum portal, nenhuma seta.
Só um silêncio vivo.
E a última estrela no céu
é acendedor dos esquecidos.
Teu olhar mudo.
Uma sombra toma-me pelo pulso.
Réstias de luz são meus vultos,
meu país é o crepúsculo.
Derrubo os muros,
mendiga de sol e ventos
que tragam lá do futuro
fontes pro pensamento...
Cai a noite, noite inqueita...
suspeita de mil anjos adormecidos
Nenhum portal, nenhuma seta.
Só um silêncio vivo.
E a última estrela no céu
é acendedor dos esquecidos.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
ESSA PAZ DOLOROSA
Essa paz dolorosa,
perfume que no vento
traz espinhos
e não a rosa.
Essa paz cansada
de escolher um novo caminho
e sempre e de novo
errar a estrada.
Essa paz que nos vãos da noite
procura estrelas nos abismos
onde elas brilham tão fortes.
Sentinelas do deus destino.
Paz dolorosa e imensurável
e por demais amiga:
minha mesa, meu vinho,
meu pão.
Deixarei que nela
minha alma refaça caminhos,
vertendo saudade nos linhos
aonde um dia pousei
o teu coração.
o teu coração.
(direitos autorais reservados).
domingo, 19 de fevereiro de 2012
UM DIA....
Um dia o mundo abriu-se em uma página,
despontando o sol do sonho no papel.
E num impulso ao mar azul soltei a lágrima
pra que fosse navegando até teu céu.
Deste, à noite escura o que importava:
mil estrelas que foram portas concebidas
pra passagem de minh’alma que andava
perdida em si mesma, procurando a vida.
Mas o destino traçou seu rumo ao léu
e quis que o tempo falasse como um deus
pra levar o coração a canto algum...
Meus olhos, de cansados, ferem lágrimas
pra um destino ignorado e em brancas páginas
escrevem para ti ou talvez pra céu nenhum!
(Direitos autorais reservados).
Imagem: Google
http://www.luciaconstantino.prosaeverso.net
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
CHEGADA
Este dia que te chega
mais veloz que ontem,
quando havia um prato à mesa
e o teu nome.
Ah, escolha entre as rosas
a única que te cabe na alma,
a única que é canto e salmo
para que não tenhas mais medo
de caminhar.
De noite as estrelas te falam
do cantar dos galos
à chegada
dessa presença na alma,
quando até os deuses
vão acordar.
(Direitos autorais reservados)
http://www.luciaconstantino.prosaeverso.net
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